27/04/2024
aterramento eletrico

 

Introdução

No quarto episódio da série “Exterminadores de Zé Faísca”, abordaremos um tema crucial para a segurança elétrica das residências: o aterramento elétrico. Nesta temporada, estamos explorando diversos temas relacionados, como: chuveiro elétrico, dimensionamento, montagem de quadro, erros elétricos, entre outros. Além de adquirir conhecimento, saiba que também está acontecendo uma campanha cultural para testar seu aprendizado durante essa série. Explicaremos mais sobre essa campanha no final do artigo. Hoje, irei apresentar cinco formas de aterrar uma casa que não possui aterramento. Vamos lá!

Opção 1: Condutor de Aterramento Residencial

Quando uma residência não possui aterramento, existem duas opções para resolver o problema. A primeira opção é passar um condutor de aterramento dentro do quadro de distribuição, conectando-o ao padrão de entrada. Essa é a forma mais simples de conseguir aterrar uma instalação. Caso os cabos já existentes sejam de 16mm de cobre, não é possível passar um cabo adicional. Nesse caso, é possível ligar o condutor neutro a um barramento de terra ou utilizar um cabo de terra conectado ao neutro como proteção. Saiba Mais em:  Aterramento Residencial

Opção 2: Utilização das Ferragens da Fundação

Uma opção recomendada pela norma é utilizar as ferragens presentes na fundação da estrutura como aterramento. Nesse caso, as interligações naturais entre as ferragens são suficientes para obter um eletrodo de aterramento adequado. Para realizar essa opção, é possível utilizar vergalhões redondos galvanizados, fixando-os à ferragem existente com grampos do tipo “u”. Essa é uma solução simples que não demanda um grande conhecimento técnico.

Opção 3: Derivação das Ferragens Concretadas

Em casos em que as ferragens já estão concretadas, é possível fazer uma limpeza nas ferragens para garantir uma boa conexão elétrica. Utilizando uma escova rotativa, é feita a remoção dos resíduos de cimento que possam prejudicar a conexão elétrica. Essa limpeza permite medir a continuidade da estrutura e realizar a conexão adequada. Essa é uma forma de garantir uma boa equipotencialização, mesmo em estruturas já concretadas.

Opção 4: Uso de DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos)

Em situações em que não há aterramento, é possível utilizar o DPS como forma de proteção. Mesmo sem o aterramento de proteção, é possível utilizar o aterramento funcional, que utiliza o cabo PEN. É importante fazer a instalação correta do DPS, tanto em sistemas TNS (com cabo de entrada menor que 10mm) quanto em sistemas TNCS. No caso de sistemas TNS, o DPS é instalado após o disjuntor geral, conectando-o ao barramento de neutro. Já em sistemas TNCS, o DPS é instalado após o disjuntor geral, conectando-o ao barramento de terra e, em seguida, ao barramento de neutro. Essa é uma forma eficaz de proteção sem a necessidade de aterramento adicional.

Opção 5: Aterramento TT para Chuveiros

No caso específico de chuveiros, é possível utilizar uma haste de aterramento apenas para aterrar o próprio chuveiro. No entanto, é obrigatório utilizar um dispositivo DR para garantir a proteção do circuito. Além disso, é importante respeitar as tensões de contato estabelecidas pela norma e garantir uma boa conexão elétrica. O aterramento TT, que utiliza a haste de aterramento, é uma opção viável quando realizado corretamente.

Conclusão

Como exterminadores de Zé Faísca, é nosso dever compartilhar conhecimento técnico para garantir a segurança elétrica das residências. Neste artigo, apresentamos cinco formas de aterrar uma casa que não possui aterramento. É importante ressaltar a importância de uma boa equipotencialização e utilizar as ferragens ou estrutura da edificação como forma de aterramento. Além disso, destacamos o uso de DPS e aterramento TT para situações específicas. Lembre-se de participar da campanha cultural mencionada no início do artigo para testar seu aprendizado durante essa série. Compartilhe esse conhecimento com outras pessoas para juntos exterminarmos Zé Faísca e garantirmos instalações elétricas seguras. #ExterminadorDeZéFaísca

O que é aterramento residencial?

O aterramento residencial é uma técnica de segurança que consiste em conectar partes metálicas não energizadas de equipamentos elétricos a um ponto de terra. Isso é feito para proteger as pessoas de choques elétricos, garantindo que, em caso de falha, a corrente elétrica tenha um caminho seguro para a terra, evitando passar pelo corpo humano.

Por que o aterramento é importante em instalações elétricas residenciais?

O aterramento é crucial porque aumenta a segurança, prevenindo choques elétricos. Ele ajuda a proteger aparelhos eletrônicos de surtos de tensão e descargas atmosféricas, além de garantir o funcionamento adequado do sistema de proteção, como disjuntores e fusíveis, desligando a corrente em caso de curto-circuito ou sobrecarga.

Qual a diferença entre neutro e terra?

Neutro é o condutor que transporta a corrente elétrica de volta à fonte em um sistema de alimentação, enquanto o terra é um ponto de referência físico que não carrega corrente sob condições normais de operação. O neutro é utilizado para completar o circuito elétrico, e o terra é usado principalmente para segurança.

Como é feito o aterramento em residências?

O aterramento em residências é realizado através da instalação de uma haste de aterramento, geralmente de cobre ou de aço revestido de cobre, que é cravada no solo. Um cabo de aterramento é então conectado a essa haste e ligado às partes metálicas não energizadas dos equipamentos e ao quadro de distribuição elétrica.

Quais são os principais componentes de um sistema de aterramento?

Os principais componentes incluem a haste de aterramento, o condutor de aterramento (cabo), o conector de aterramento (para conectar o cabo à haste e aos equipamentos), e o barra de aterramento no quadro de distribuição, que serve como ponto central para conectar todos os cabos de aterramento.

Como saber se o aterramento da minha casa está adequado?

Para verificar se o aterramento está adequado, é recomendado contratar um eletricista profissional. Ele pode realizar medições com um terrômetro, um instrumento específico para medir a resistência do aterramento, garantindo que ela esteja dentro dos limites estabelecidos pelas normas técnicas.

Qual a profundidade ideal para a haste de aterramento?

A profundidade ideal para a haste de aterramento depende do tipo de solo e das normas locais, mas geralmente varia entre 2,4 metros e 3 metros. Em solos rochosos ou muito secos, pode ser necessário utilizar mais de uma haste ou técnicas especiais para garantir um aterramento eficaz.

O aterramento pode ser feito em qualquer tipo de solo?

Embora o aterramento possa ser realizado na maioria dos tipos de solo, a eficácia do sistema depende das características específicas do solo, como sua umidade e composição. Solos muito secos ou rochosos podem apresentar maior resistência, exigindo ajustes no sistema de aterramento, como o uso de mais hastes ou tratamento químico do solo.

Qual a manutenção necessária para o sistema de aterramento?

A manutenção do sistema de aterramento envolve verificar periodicamente a integridade física e a conexão dos componentes, além de medir a resistência de aterramento para garantir que ela permaneça dentro dos limites aceitáveis. Essa manutenção deve ser feita por profissionais qualificados.

O aterramento interfere na qualidade da energia elétrica?

O aterramento não interfere diretamente na qualidade da energia elétrica, mas é uma parte vital do sistema elétrico residencial que contribui para a segurança e proteção de pessoas e equipamentos. Um sistema de aterramento bem projetado e mantido ajuda a evitar problemas relacionados a surtos elétricos e choques, mas não afeta a qualidade da energia em termos de estabilidade da tensão ou frequência.

Gostou do artigo: Aterramento Residencial: 5 Formas de Aterrar uma Casa sem Aterramento.